segunda-feira, 25 de junho de 2012

História errada de carochinha


Sei listar e admirar cada uma das suas qualidades.
E apesar de todos os seus mistérios, antecipo cada passo, cada fala e cada falta de atitude sua.
Como dito, sei exatamente o meu lugar. E posso sim, ter o "fantástico mundo de bob" em mim, mas convivo com ele há 30 anos e nunca me enganei - a não ser quando eu me permiti ser enganada.
Amo Cazuza, mas mentiras sinceras não me interessam. Silêncio me mata, desprezo me maltrata e indiferença me faz querer estar sozinha, porque eu sei cuidar de mim.
A verdade é que as pessoas querem o melhor de você, mas de fato não estão prontas para retribuir.
E essa história de vamos nos doar sem esperar nada em troca é conversa pra boi dormir.
Queremos sim retorno e igualdade.
Não estamos esperando um príncipe. Mas a maioria das mulheres inteligentes, maduras e vividas, reconhece o sapo há quilômetros de distância.
Se preocupe menos com a beleza externa. Aprofunde-se no seu caráter.
Cansei de histórias de carochinha, de novela e filmes românticos.
Mostre ao mundo quem você realmente é.
As máscaras caem muito rápido!


sexta-feira, 1 de junho de 2012

Rápida no gatilho


A vida é engraçada pra não dizer trágica.
As pessoas te ferem e acham que você vai passar a vida sofrendo por isso.
Honestamente, eu lamento por todos os que já fiz sofrer e pra ser sincera me entristece muito mais saber que magoei pessoas que não mereciam do que ser magoada.
Saber que elas superaram essas mágoas e que hoje estão felizes, me dá alívio.
Não tenho inimigos, nem tenho vaidade pra querer me sentir por cima daqueles que me pisaram.
Eu sigo minha vida.
Deus, como sempre, muito generoso, me ensina dia a dia que vale a pena viver, que dor nenhuma é eterna, que podemos seguir a vida com a inocência de uma criança que nunca se machucou.
Quem quer ser meu amigo, sabe que meu coração é grande o suficiente para sempre estender a mão. E quem não quer ser meu amigo, que viva em paz!
A gente atrai aquilo que transmite, a gente colhe o que planta, tu te torna eternamente responsável pelo o que cativa e pelo o que exclui da tua vida. São nossas escolhas que determinam nosso estado atual.
É isso?
Pára pra pensar: sou rápida no gatilho porque optei por não sofrer? Porque todos os dias eu me levanto para um dia melhor? Porque a gente deve gostar de quem gosta da gente?
Que tal parar de julgar e preservar o amor próprio!?

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Demais ou de menos?



Na calmaria da noite, contemplando as estrelas da sua janela e as do brilho desse olhar, veio o pânico...
Vontade de ir embora, mas levando seu sorriso na minha memória, teus carinhos no meu coração, sentindo teu calor na minha pele, tua voz suave no meu ouvido, teu cheiro no meu casaco, teu sorriso na minha memória e o gosto dos teus beijos na minha boca.
Fiquei.
Sem saber explicar a razão do meu pânico, preferi me calar. 
Sem expressar meus desejos ocultos, dormimos como dois estranhos na cama estreita que sempre nos aproxima, como se houvesse um oceano de dúvidas entre nós.
E foi justamente essa distância imposta por nós que nos deu uma péssima noite, e nosso bom dia ficou cheio de incertezas de que realmente aquele seria um bom dia.
Quanta falta me fez estando ao seu lado, me sentindo covarde, te chateando pelo simples fato de pela primeira vez não ter sido transparente, tentando me defender de algo que tem me feito tão bem.
Acho que sem querer esse medo te deixou inseguro também...
Quando saiu do banho e não me viu deitada, sua expressão era como se eu tivesse pronta pra ir embora da sua vida quando na verdade minhas obrigações do dia, coincidentemente, me exigiam deixar a cama fria da noite longe de você.
Ao longo do dia a preocupação de saber se realmente estava tudo bem e a dúvida do que seríamos nós diante dessas silenciosas interrogações.
Qual o problema de estar feliz? Que medo é esse por ainda não ter encontrado nada em você que eu não tenha gostado?
Não importa o que o digam, sempre haverá alguém pra falar seja de mim, de você ou de nós.
Eu me importo com você, comigo, com esse momento, que não quero deixar passar.
Não sei se ontem foi excesso de insegurança, ou se há excesso de sentimentos em tão pouco tempo, se há envolvimento demais ou se prudência de menos...
Se quando penso em você meu coração acelera demais ou se quando estou com você ele bate devagar pra apreciar a doçura desses momentos...
Só sei que não quero que meu coração pare de bater...

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Acordando prum novo dia




Cadê o frio? Sentir o calor do teu peito nas minhas costas deixou a impressão que estávamos em pleno verão.

Acordar com um beijo de bom dia e ter a sensação de que tua mão é que está lá enquanto eu desço da árvore é a melhor coisa do dia.
É isso, estou novamente escalando uma árvore, tirando os pés do chão e quando me sinto próximo do céu é quando eu vejo esse sorriso largo me cobrindo, pedindo que eu não pare de sonhar com esse doce olhar.
Tão bom ver graça nas nossas diferenças, brincar de ser tua boneca e achar beleza nos seus músculos.
Trocar experiências, beijos, carinhos e coisas em comum.
Deixar de lado a maquiagem porque seus encantos já me deixam naturalmente corada.
Conquistar o direito de ter uma escova de dente junto a sua porque você é um menino grande que não tem medo de estar com alguém que te quer bem, sem sequer pleitear o feito, mostra que estou no caminho certo: tem gente que compartilha dos mesmos ideais, que quer te inserir na sua vida.
Acordar desse sonho? Pode ir, que eu fico por aqui mesmo...
Quando eu acordar, eu te ligo pra dizer que essa noite foi especial, que aliás, todos os momentos ao seu lado são especiais e agradecer aos anjos que te colocaram no meu caminho pra que eu não sentisse o frio de um vento litorâneo.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Perdendo o medo




Confesso que passei alguns dias com o sorriso desbotado, esperando suas cores colorir meu dia, esquecendo que elas já estavam manchadas o bastante para fazer arte.
Quando te vi chorando, me senti no meu próprio enterro, como se eu tivesse alheia àquilo, como se eu não conhecesse a pessoa que estava morrendo.
Sim, você chorava pela pessoa que você próprio estava matando.
Passado o período de luto, vim aqui pra dizer que ela só morreu pra você, e que eu acredito que coisas melhores virão, no destino, no tempo...
Não penso em vingar meu coração partido porque o que eu posso te dar é o resto dele, que ficou na sua geladeira, como lembrança, como um prêmio de um contemplado na loteria que gasta desmedidamente e não sabe o que fazer com a sorte.
Mas não pense que fiquei sem coração. 
Fiz um transplante!
E novamente estou sendo cuidada, ficando corada, sentindo o coração acelerar, as mãos suarem, o corpo sentir necessidade de um abraço acolhedor, um carinho no pé do ouvido, sendo admirada e começando a admirar a vida quando antes, só via cinzas...
O cenário parece o mesmo.. as flores continuam pretas e brancas. Mas vejo um novo protagonista, que me ajuda a tirar os móveis do lugar, procurando um espaço nesse vazio absurdo que ocupou.
É isso mesmo, é um absurdo um vazio ocupar um lugar que só te enchia de presença e pedia o mesmo de volta.
Justamente por isso que a porta está aberta, que deixo o sol entrar... 
Pra que essas novas flores perfumem o ar, e que prepare o ambiente pra esse novo coração bater no ritmo que ele quiser.
E nesse compasso, vou dançando, perdendo o medo de alguém soltar a minha mão novamente. 

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Tchau!


Hoje estou meio Noel... "não quero choro, nem vela". 
Talvez uma reza, pra que eu continue na velha certeza de que tudo passa. 
Preferia que me mandasse tocar Raul, pra que "eu não andasse mais na contramão", sozinha, do que me manter no Chico, dizendo pra ser feliz e passar bem. 
Mesmo porque não tenho estilo pra ser uma loba da Alcione, implorando pelo que não tem a oferecer. 
Mas o fato é que você tinha tanto nas mãos para me fazer feliz, mas preferiu se sentir constrangido por ter maltratado o resto de coração que ficou na sua geladeira.
Muito fácil admirar minha fortaleza, quando não tenho opção.
Já ouviu falar que pobre não tem tempo de ter depressão?
Como dizia minha avó, melhor sofrer em Paris - ou melhor, em Paris você não ter como se sentir infeliz. 
Deseje-me o que quiser...
Foda ser admirada e respeitada, num altar, quando desejava a loucura de uma Ana Carolina, "Nua", querendo ser reparada.
Mas eu vou terminar dizendo meu simples desejo: "Hoje eu só quero que o dia termine bem".
Tchau!

Tudo bem



Eu conheço indecisão. É uma palavra que eu convivo diariamente.
Nunca sei a melhor alternativa, mas nunca me arrependo das coisas que faço, nem lamento o que poderia ter sido caso eu optasse por outra.
Mas eu costumo ter coerência nas minhas atitudes, na minha linha de raciocínio.
Lembro de ter dito que eu precisava de segurança, senão eu apertava aquele botãozinho do foda-se, que é sempre acionado numa situação de emergência.
Sim, eu esperava atitudes e não os mesmos pedidos de desculpas.
Inevitável estar com alguém e não criar expectativas de ser tratada da forma mais justa com a qual o tratei.
Nunca vasculhei sua vida, nunca me aprofundei na sua vida, mas estava ali pra escutar o que quisesse me dizer.
Nunca questionei suas ausências, nem suas decisões, mas fui me distanciando com seus testes acerca da minha paciência e tolerância.
As pessoas normalmente confundem mesmo...
Até eu me enganei.
"Tudo bem se não deu certo!"

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Nem tudo tanto faz...


"Tanto faz" era um texto romântico que não consegui concluir... Haviam personagens da vida real, mas era cheio de encantos, como nos livros, em que se espera um final feliz. Começava dizendo o seguinte:
"A casa está arrumada como se nunca tivesse sido mexida, como se nunca tivessem sequer batido na porta.
Comprei um vaso colorido e coloquei flores pretas e brancas pra combinar com essa mistura de cores."
Estava feliz, com o coração aberto, e o que parecia ser tanto faz, era porque o que eu estava vivendo me preenchia de tal maneira, que da forma que fosse, era bom.
Uma pena terem confundido essa ausência de exigências, com uma liberdade desmedida de fazer pouco caso com meus sentimentos, com minhas necessidades que eram tão poucas perto do que uma mulher normal exigiria.
Queria era andar de mãos dadas e não me sentir sozinha na concentração da bateria.
"Tanto faz" minha loucura, afinal eu nunca fui uma mulher normal, mas sim, eu sei o meu valor, sou uma mulher especial.
"Pode ser" que um dia nem lembre de mim, "pode ser" que nunca se esqueça de mim...
Mas hoje, realmente, "tanto faz".
Eu estava do seu lado falando da forma mais honesta e sincera num dia, e no dia seguinte, gritava o que minhas lágrimas não me permitiram escutar. 
"Tanto faz", afinal "Não sou nenhum pai-joão" e eu não vou esperar o próximo samba pra dançar sozinha porque não existe compromisso com quem te leva pra sambar...
"Por isso para o seu bem, ou tira ela da cabeça ou mereça a moça que você tem"


terça-feira, 13 de março de 2012

Outonos passados


Pela primeira vez você me inspira.
Você compositor de nossas histórias...
Algumas criadas somente no seu íntimo, na grande maioria, fantasia da vida real.
Quisera eu ainda ser a inspiração de seus romances, sentir palpitação ao tentar me identificar em algum trecho, e até mesmo nas atribuições físicas das suas "mulheres de Atenas".
Mas hoje sou textos passados, trechos de músicas fora de moda...
Também não queria ser musa de sentimentos inexistentes, nem ser lembrada por erros e acertos passados.
Passou esse outono... passarão outros outonos...
Mas aquele outono será sempre aquele outono.
Nossa primeira vez a beira de uma grande farsa, numa piscina quente de ilusões.
Alianças devedoras, mentiras vindo a tona, conto de farsa...
Esquece essas feridas que nunca machucaram, nem sequer deixaram cicatrizes - apenas divinas poesias.
Essas ilusões são boas na literatura.
Mexem com sentimentos que nunca existiram, mas deixam marcas em trechos que mereciam ser vividos.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Combustível


Acho que está na hora de voltar a escrever. Não sei se me falta inspiração, se desaprendi a escrever, mas acho que como todo mundo, tenho minhas crises com a língua, com a forma, com os textos...
Hoje eu queria falar de alguém sem muito romance, sem muito desdém.
Talvez vocês identifiquem, talvez seja o tipo comum que passa por mim, ou alguém que realmente tenha deixado um rastro.
Talvez seja um... talvez sejam vários... ou até mesmo um ninguém...
Poderia retratar as madrugadas sentados no meio fio, "com um vinho barato, um cigarro no cinzero" e um violão ditando nossos melhores gostos musicais.
Inevitavelmente lembraria também da incansável tentativa de decifrar se aquele olhar era fatal ou se era apenas admiração.
Mas aquele frio no estômago do escondido, do teatro de fingir que estava sozinha, sabendo que logo mais era contigo que estaria, nos faz merecedores do Oscar.
Se eu sinto falta? Só dessas emoções... De me sentir viva, de me sentir atraída fatalmente por alguém que será meu enquanto o fogo estiver sendo alimentado.
Veja bem, não falo de sexo, falo de combustíveis como tesão, vontade, calor, fome, sede....
Aquilo que te move a cometer loucuras boas, sem medo de qualquer consequência.
Tô falando de algo extremamente viciante: paixão.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

De repente 30!


De repente 30!
Não gente, não é filme!
E também não foi de repente....
Vivi tantas coisas e pra te falar a verdade quanto mais o tempo passa mais eu gosto do passar do tempo.
Não é a data em si, mas ao 30 a gente sabe o que realmente gosta.
Precisei conhecer muitos lugares, muitas pessoas, muitos gostos, pra saber o que eu não gosto e apreciar o melhor de mim e dos outros também.
É como se a gente não pudesse mais perder tempo, mas ao mesmo tempo aproveitamos um momento como se ele fosse único, urgente e infinito.
Com meus amigos, ainda me surpreendo com nossas criancisses de adolescentes que se permitem pagar o maior mico achando que agora realmente podemos nos permitir sem nos preocupar com o que os outros vão pensar a nosso respeito.
Por falar em respeito, aprendi a respeitar as diferenças. Não quero mais impor minhas idéias a ninguém. Muito menos sou levada por idéias das quais não compartilho.
Faço minha história dia a dia, e a cada lágrima vem tantos sorrisos, que nem dá tempo de ser triste ou infeliz (a não ser quando estou na TPM).