terça-feira, 13 de março de 2012

Outonos passados


Pela primeira vez você me inspira.
Você compositor de nossas histórias...
Algumas criadas somente no seu íntimo, na grande maioria, fantasia da vida real.
Quisera eu ainda ser a inspiração de seus romances, sentir palpitação ao tentar me identificar em algum trecho, e até mesmo nas atribuições físicas das suas "mulheres de Atenas".
Mas hoje sou textos passados, trechos de músicas fora de moda...
Também não queria ser musa de sentimentos inexistentes, nem ser lembrada por erros e acertos passados.
Passou esse outono... passarão outros outonos...
Mas aquele outono será sempre aquele outono.
Nossa primeira vez a beira de uma grande farsa, numa piscina quente de ilusões.
Alianças devedoras, mentiras vindo a tona, conto de farsa...
Esquece essas feridas que nunca machucaram, nem sequer deixaram cicatrizes - apenas divinas poesias.
Essas ilusões são boas na literatura.
Mexem com sentimentos que nunca existiram, mas deixam marcas em trechos que mereciam ser vividos.

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