Mas chega uma hora, que você começa a pensar nas suas necessidades pessoais e começa a distribuir gratuitamente vários 'nãos'.
Não pros abusos, não pras falsas amizades, não pro tesão disfarçado de amor ou de saudade, não pros recalques, não pros pedidos de perdão, não pra quem te excluiu do facebook e resolve te adicionar novamente! rs
Eu tô cansada até dos que leem meu blog achando que está acompanhando minha vida como novela.
Se pelo menos tivesse fortes emoções nos capítulos né, vai lá, mas nada de Theo, nem glamour, nem escravidão, nem câmeras no meu banheiro, nem qualquer outra coisa que a mídia insiste para provar que a vida lá fora é mais interessante do que seu próprio mundo.
E aqui na minha vidinha, vou criando um altar particular da Ana Paula, reconstruindo meus ideais, colocando as idéias em ordem, redefinindo prioridades.
"E aí amiga, vamos na feira?" "E aí amiga, vamos assistir o jogo na casa de fulano" "Amiga, vamos tomar uma gelada no barzinho?"
Não, hoje eu quero sentar no meu sofá - coisa que não faço há meses.
Passo por ele todos os dias e não consigo aproveitar seu conforto. Demorei anos pra comprar um sofá, porque queria O sofá e nem o cumprimento.
Pensei agora que há 11 anos saí do conforto da casa dos meus pais para conquistar o mundo e embora tenha adquirido bens materiais, ainda não me realizei pessoalmente.
E posso te confessar uma coisa? Os anos estão passando e eu tô ficando cada vez mais exigente e até gostando da solidão.
Diante das opções, um vinho agora seria uma ótima companhia com as músicas que ouço e um livro da Martha que adquiri recentemente.
Que tédio? Só se for pra você que acha que a vida interessante se resume numa balada com um vestido à vácuo, se expondo como se fosse um pedaço de carne, ou recorrer a um canalha que você tem química pra satisfazer um prazer que no dia seguinte te fará sentir culpa.
Não sou nenhuma intelectual, mas tenho um mínimo de cultura e eventualmente até gosto de uma balada com direito a dança da mãozinha pra brincar com as amigas, mas ultimamente, não sei se é o cansaço ou se é crise balzaquiana, gostaria de um colo. Um colo sem ter que pedir, sem muitas perguntas, carinho gratuito, sem isso ou aquilo como condição, nem algo programado, talvez sair por aí, ter uma conversa divertida, interessante, dormir de conchinha, e ter um "pra sempre" até o café da manhã só pra me sentir viva.
Preciso de um tempo pra mim, ser o centro das minhas atenções e das atenções alheias... parar de cuidar pra ser cuidada.
Será que é pedir demais? Ainda acredito em coisas boas....
O importante é seguir com fé!! rsrs
"Você vai rir de tudo isso, espera um pouco mais pro fim da história. Tudo passa, tudo muda, muita calma nessa hora"
Nenhum comentário:
Postar um comentário