Não acerte a hora do seu relógio com o meu. Ultimamente o tempo tem sido exclusivamente meu.
Tempo pra resolver meu dia a dia mega corrido...
Tempo pra não fazer absolutamente nada.
Tempo pra dizer 'não' sem peso na consciência e até mesmo com bastante consciência.
Estou num momento que não sei nem exatamente o que eu quero, mas também não estou com pressa.
Estou dando menos importância ao que nem deveria estar me importando.
Não sou uma super mulher, não quero continuar dando conta de tudo, e chegar no final do dia esquecendo de mim.
Aliás, se eu pudesse, sumiria por uma semana, mudaria até o meu nome, apagaria toda a minha história e esqueceria quem eu sou.
Viajaria sem destino, não com uma mochila, porque não sou tão básica assim, mas com mala pequena...
Iria pra algum lugar onde não falassem minha língua, pra eu poder falar mais comigo mesma.
Encontrar respostas para essa falta de perguntas.
Sentaria num parque para ler um livro, iria ao cinema de mãos dadas comigo mesma e repousaria minha cabeça nos meus ombros que já não estariam tão cansados, afinal meu passado não existiria.
Me permitiria ter a inocência de confiar nas pessoas.
Enfim... tudo utopia. Essa Ana Paula sem passado não existe. E foi esse passado que me transformou na pessoa que sou hoje: dona de mim, forte, cheia de teorias, precavida, que quer escrever a própria história.
Essa Ana Paula tá cansada.
Eu quero sentar e ler minha história. Quero visualizar meus personagens, viajar no meu livro e ficar na expectativa das próximas páginas. E principalmente não me sabotar! Não prever o final do livro e deixar a história de lado.
Quero simplesmente não perder o encanto!
Terapia?
"A depender de mim, os psicanalistas estão fritos.
Eu mesmo é que resolvo os meus conflitos
Com aspirina, amor ou com cachaça"
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