Essa noite me permiti fechar os olhos e descansar o sono de alguém muito cansado.
E não foi um cansar de trabalhar, dos compromissos do dia a dia.
É um cansaço de remar conta a maré, de errar e insistir em consertar o erro.
Cansei de me fazer perguntas que não tem respostas. Daquelas "e se?".
Já foi.
Toda minha experiência não foi suficiente pra deixar a covardia de lado.
Minha covardia, meu medo, foi resumido em crueldade.
Confesso que foi terrível me sentir "cruel", quando estava sacrificando a mim, e todos os melhores sentimentos que haviam em mim, pra não ferir a mim mesma e aos que me rodeavam.
Mas essa é minha última publicação de algum sentimento ligado a essa ferida.
Quero escrever a alegria que existe em mim.
Quero acordar de manhã e ligar uma música alegre, que não me faça pensar nas escolhas que fiz e nas que não pude escolher, mas que aceito como algo que não era pra ser.
Como tudo na vida se transforma, só restará a lembrança de algo que não vivi.
Não vou incluir esse desfecho no fim da caderneta do fracasso.
Nem vou me sentir frustrada, nem acreditar que a entrega é desperdício.
Vou me renovar, pensar no futuro e esperar coisas melhores do que todos os pensamentos que tive.
Não vou mais julgar os fatos, nem achar que doeu mais em mim.
Não vou procurar coerência pra justificar os atos.
Não pedi nada em troca antes...
Agora, faço o mesmo.
Não vou esperar que essas pegadas sejam apagadas da minha estrada. Eu mesma irei fazer isso.

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